O Hábito de Concluir

Recentemente fui presenteado por um grande amigo com um livro escrito por ele, com o nome “Cultura de Resultados – O Hábito de Concluir”, o título me chamou a atenção por duas palavras “Resultados” e “Concluir”, não vou dar um “spoiler” sobre o livro, mas ele narra a história de um profissional improdutivo no aspecto profissional e pessoal. O herói do livro tem seus dilemas existenciais por falta de foco. E eu percebi na narrativa leve do autor quantas pessoas conhecemos passando por situação semelhante.

 

O Fato é que a maioria dos seres humanos habitualmente não conclui e concluir é uma condição para se obter resultado, numa equação de lógica “Se concluo logo obtenho resultados”.

 

Então o que dificulta concluir? Existem muitas variáveis, mas quando buscamos a causa de não se chegar ao fim de um projeto ou uma ação, encontramos desculpas, temos uma facilidade muito grande de gerar desculpas e atribuir a culpa a uma terceira pessoa... acredito que temos uma tecla no cérebro que nos coloca no “Excuse Mode” ou no português claro no “Modo Desculpa” que procura desculpas para em embasar o fracasso.

 

Naturalmente procrastinamos, mas o que é procrastinar afinal? É um pecado? Sim, mas não no sentido religioso e sim no sentido de que pode nos causar problemas se tornarmos uma pratica normal, mas algumas pessoas fazem isso com frequência. Procrastinar é o ato de adiar as coisas, prolongar uma situação a ser resolvida, procrastinar tem muitos sinônimos mais conhecidos como: adiar, postergar, demorar, atrasar, prolongar, retardar, protelar, prorrogar, delongar, tardar, etc.…, mas quando utilizamos o verbo procrastinar damos a ideia de deixar de fazer atividades importante em detrimento de outras menos importantes. É a “negação de uma tarefa” que normalmente fica sempre para o final.

 

Lembra-se do chavão: “sempre deixa para última hora”. Desde de crianças, na escola, quantas vezes tínhamos tempo para ler um livro para uma prova, fazer um trabalho que o professor definiu um prazo de semanas ou meses e todos os dias acordamos e deixamos para depois porque ainda temos tempo, quando o tempo se esgota temos que acelerar a leitura ou a elaboração do trabalho e o fazemos em cima da hora, comprometendo certamente a qualidade.

 

Invariavelmente nos cansamos para execução da atividade ou até perdemos horas de sono para talvez uma conclusão medíocre, demandando muita energia e esforço. Ouvi uma definição interessante em um episódio do “Nerdologia” um canal do youtube, estamos sabotando a nós mesmos...”SABOTANDO O EU DO FUTURO” que vai sofrer com a nossa negligencia de hoje.

 

As desculpas para deixar de concluir ou procrastinar sempre são bem elaboradas, como falei, são atribuídas a uma terceira pessoa se possível, mas os reais motivos são bem mais simples...tente elencar os reais motivos, anote em tópicos suas atividades a cada hora do dia.

 

Nosso dia a dia é cheio de armadilhas para furtar o nosso tempo, são muitas variáveis, acredito que o vilão dos tempos atuais é o acesso a informação, facilitado pela internet. Faz com que pessoas adquiram hábitos improdutivos e fazem destes, uma rotina diária, o personagem do livro por exemplo, reconheci em várias pessoas que conheço, acessa as redes sociais, e-mail pessoal e jogos on-line, “vou jogar só mais uma e depois continuo o trabalho”.

 

Estes hábitos que algumas pessoas consideram pequenos, furtam a produtividade... negligenciando as atividades reais... e produtivas... quantas vezes nos sentimos tentados, ao abrir o navegador surge uma fofoca de algum famoso dar uma clicada nela para ver detalhe e divagar pelo mundo virtual e ao olhar no relógio, ver que uma hora se passou e nada de útil foi produzido...

 

É uma tarefa árdua não procrastinar, eliminar os ladrões de nosso tempo que nos rodeiam... mas só assim podemos nos tornar mais produtivo.

 

Bom final de semana...

 

Caso tenham interesse o livro que mencionei

“Cultura de Resultados – O Hábito de Concluir”

Pedro Henrique Gomes

Contato: phcgomes@gmail.com

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